segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

DÉCIMO QUARTO DIA - UXMAL PRÓXIMO A MÉRIDA

Tomamos um bom café da manhã no Hotel El Conquistador. Estamos bem localizadas: no Paseo de el Montejo, Champs Elissé de Mérida. A avenida é bem larga e no auge da riqueza do ouro verde, as famílias mais abastadas construíram suas mansões neste endereço. Inclusive Montejo, responsável pela Independência do México.

Saímos as 8:00 a pé. Fomos visitar o Museo de Antropologia. Agora que estamos mais familiarizadas com a cultura Maya foi possível curtir com mais intensidade e apreciar o que os espanhóis não destruíram.

Fachada do Museo de Antropologia: Casarão da familia Canton 



Calendário Maya


Suzana no centro da Roda de Pelota: esta esteve em Chichén Itza


Cena de caça: 2 mayas segurando um animal


Após a visita ao Museo, fomos novamente ao Zócalo. Andamos pela calle 60, passamos pela Faculdade de Mérida


Fachada da Universidade de Mérida - foi fundada com o curso de medicina


Re-visitamos a casa do Governo para apreciar mais uma vez os murais de Fernando Castro Pacheco.

Casa do Governo


 Escadaria para o piso superior da casa do Governo: mural que simboliza o nascimento do índio do interior de uma espiga de milho


Sala da História: com os murais pintados contado a história do México desde os mayas passando pela invasão espanhola, revolta indígena, independência e república


Entramos na Catedral, João Paulo esteve rezando nela! Ela é simbólica por ter sido a primeira a ser construída em Mérida. De decoração bem simples.


Visitamos a casa de Francisco de Montejo. Preservaram a biblioteca, a sala de estar, o quarto de dormir. Conhecemos o comedouro: sala de refeições. Não foi possível tirar fotos neste aposentos. Mas fotografamos o pátio interno.


Fomos almoçar: fetuccine a carbonara!

As 13:00 nos pegaram no hotel e, depois, mais 10 pessoas para irmos para as ruínas em Uxmal (74 Km de Mérida).





Uxmal possui um estilo arquitetônico próprio.  Os edifícios possuem sua quinas arredondadas, acredita-se que é porque na região existam muitos cerros. As paredes são impressionantemente decoradas com pedras esculpidas, lavradas a mão.

Viajamos 70 km a partir de Mérida pela Ruta Puuc. Nesta rota há outras jóias arqueológicas, grutas e muitas outras coisas. Teria sido muito bom se tivéssemos tido mais dias para percorrer todas as ruínas e conhecer as hacientas de produção de henequén, ouro verde. Foi a extração do sisal deste tipo de cácto que tornou Mérida uma cidade extremamente rica no final do século XIX e início do século XX.

A cidade estado possui mais de 2 km de extensão e os templos e demais estruturas atualmente visíveis foram restauradas e reconstruíram. Os arqueológos reconstruíram mais de 50% de algumas delas.

Esta cidade possui um muro delimitando a região nobre da região ocupada por camponeses, os muros não eram alto apenas indicavam os limites. Uxmal era uma cidade agrícola. Acredita-se que na região nobre  viviam cerca de 25.000 pessoas. Nobres, militares, sacerdotes e comerciantes. Os comerciantes ascederam a um posto mais alto porque conheciam as rotas comerciais e efetuavam as trocas.

Uxmal significa: cidade reconstruída 3 vezes. Os mayas utilizavam os prédios pré-exitente como base para construir outro mais moderno por cima. Nas escavações os arqueólogos encontraram outros prédios por baixo dos que estão visíveis. Ao reconstruir, os construir por cima, os mayas mantinha o que o prédio possuia, tanto que foram encontradas esculturas: um trono de jáguar de 2 cabeças nas quinas de um antigo palácio.

Nosso tour arqueológico iniciou pelo Castelo do Advinho. A denominação castelo foi dada pelos espanhóis pois a construção é imponente. Possui 121 escadas e 35m de altura. Os arqueólogos abriram um orifício no meio das escadarias e encontraram mais 4 outros templos. O que vemos ao entrar na área arqueológica é a parte traseira deste templo imenso.

Parte frontal do Castelo do Advinho. Na parte inferior direita percebe-se a construção do templo que havia embaixo



Neste local ao batermos palmas o eco tem um som metálico. É um mistério ou apenas um fenômenos físico da ressonância causada por tantos degraus.

A região frontal fica na Praça de los Pássaros. Nesta há um templo no qual há escultura de pássaros.


No alto do Templo de lo Advinho, há uma espécie de hermita onde o sacertode, após tomar seu alucinógenos, permanecia por dias exercendo seus poderes advinhatórios. Na parte superior desta hermita esta uma enorme escultura onde se vê resquícios da imagem do bico de um pássaro, foi uma alusão à um monstro da terra, talvez uma menção ao inframundo. De cada lado das escadarias há 12 máscaras em homenagem ao deus da chuva Chac. Nas laterais do templo também há muitas colunas, também em homenagem a Chac

O Deus Chac é muito reverenciado. Na região há escassez de água era uma constante. Os mayas desta cidade armazenavam a água da chuva em chultunes, cisternas, com mais de 35 m de profundidade. Há uma bem na entrada da zona arqueológica.

Imagens de Chac nas extremidades de outros edificios



No centro da praça há um escultura de um falo enterrado de cabeça para baixo representando a fertilidade. Também era utilizado como altar para sacrifício.




Indo em direção ao Quadrilátero do Convento passamos por uma construção que possui um conduto para recolher a água da chuva. Dá para perceber que as paredes de muitas construção que continham teto eram muito largas. Vimos como eles esculpiam as pedras dando um formado de salto de sapato alto para dar estrutura ao teto destas construções.


Ao entrar no Quadrilátero do Convento ou Praça de la Mongas. A denominação foi dada pelos espanhóis pois construção possui com muitos quartos logo imagiraram que era uma espécie de convento. Vimos outra vez a grandeza das construções.  Os quatro prédio foram construídos em épocas diferentes logo cada um possui altura e decoração distintas. Segundo o guia a região, ao longo dos anos, sofreu com a retirada de pedras e esculturas. Durante o apogeu do henquém muitas hacientas foram construídas com as pedras desta zona arqueológica.

Praça de las Mongas


Uma das  construções teve sua fachada quase 100% recosntruída. Nesta percebe-se a presença de 2 serpentes entrelaçadas, mais um sinal da fertilidade. Vê-se máscaras para Chac. Tartarugas (alusão a água e ao inframundo) e outros animais que veneravam como por exemplo o jáguar.

Um outro detalhe interessante que conta um pouco sobre a geologia da região é a presença de fósseis marítimos nas pedras: vê-se conchas incrustadas. O seja, em períodos anteriores está região estava banhada pela água do mar.

Permanecemos nesta zona arqueológica até a noite para assistir um Show de sons e luzes. Neste show ouve a narração de duas lendas, uma delas contando como esta cidade entrou em decadência. O que ocorreu foi a falta de água, houveram mais de 80 anos de seca


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